Em 18 de maio é celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, em alusão ao Movimento da Reforma Psiquiátrica que teve início na década de 1970, com o objetivo de efetivar a transição de modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, para o de atenção comunitária.
A data marca as mobilizações em torno do fechamento de manicômios e a formalização de novas legislações para a implantação da rede de saúde mental, atenção psicossocial, instauração de novas práticas e abordagens visando o cuidado em liberdade, e o protagonismo do sujeito em seu cuidado.
Nesse sentido, a equipe da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Marília, em parceria com os Cras (Centros de Referência de Assistência Social), elaboraram na semana de 13 a 16 de maio de 2024, ações nos Cras ‘Leonel Brizola’, ‘Regina Célia’, ‘Rosa Modelli’, ‘Santa Antonieta’ e ‘Teotônio Vilela’.
Todos os eventos contaram com a participação dos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Adulto ‘Com-Viver’ e Infantil ‘Catavento’, que são serviços especializados que oferecem assistência multiprofissional à saúde mental aos usuários em parceria com a família, escola e sociedade em busca da reabilitação psicossocial.
Com o tema ‘trancar não é tratar’ as atividades desenvolvidas para marcar a Luta Antimanicomial foram realizadas de forma intersetorial, sendo abordado pelos profissionais de Saúde Mental e do Caps a importância de cuidar da mente e buscar ajuda.
Nos cinco encontros houve exposição de trabalhos realizados pelos usuários dos Caps e dos Cras, música ao vivo com os profissionais: maestro Otávio Luciano Caprioli, Robson Benincasa, crianças do ‘Amor de Mãe’, coral da Apeoesp e coral da Adevimari, que participaram gentilmente da programação. O café especial foi ofertado pelo Conselho Municipal de Saúde (Comus) em parceria com o Comdim (Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Marília).
Em 18 de maio de 2024, sábado, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, a equipe de Saúde Mental finalizou o trabalho no Supermercado Tauste Sul, com exposição do material confeccionado pelos usuários do Caps, esclarecimentos sobre a data e o movimento antimanicomial para a população, além da bela apresentação do grupo de choro Jacarandá.
A enfermeira Camila de Andrade Alcalde, técnica responsável pela equipe de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Marília, demonstrou enorme satisfação com o trabalho desenvolvido pela equipe em conjunto com a assistência social. “Fechamos com chave de ouro a Semana da Luta Antimanicomial. Não consigo descrever tudo o que sinto, posso somente agradecer por todo o apoio, união e incentivo da equipe da qual faço parte. Trabalhamos por uma ‘saúde mental fora da caixa’, de forma intersetorial. Essa é a missão que levo enquanto estiver por aqui. Gratidão por tudo e a todos, lembrando sempre que não somos, mas sim, estamos! Seguimos”, finalizou.
“O Dia Nacional da Luta Antimanicomial visa defender os direitos das pessoas com sofrimento mental, desafiando a ideia de isolamento em tratamentos considerados obsoletos. O movimento destaca a importância de valorizar a dignidade e a humanidade dessas pessoas, promovendo tratamentos que respeitem seus direitos e autonomia”, comentou a presidente do Comus e do Comdim, Tereza Machado.
“Ações assim demonstraram a importância da união de setores para conseguirmos atender cada vez melhor nossos usuários e o projeto ‘trancar não é tratar’ representou um importante espaço de discussão e conscientização sobre os direitos das pessoas com sofrimento mental, reafirmando o compromisso com a luta antimanicomial e a promoção de uma saúde mental digna e humanizada. Esta luta é de toda a sociedade, de usuários, familiares e, inclusive, profissionais”, frisou o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Clóvis Melo.
Onde procurar ajuda em saúde mental em Marília
Rede de Atenção Básica (USF e UBS)
As unidades de saúde de cada território são responsáveis pelo acolhimento e coordenação do cuidado de todas as condições de saúde que não caracterizam uma emergência. Com a saúde mental, não é diferente. Se você se encontra triste, abatido, desesperançoso, com crises de ansiedade e desespero, extrema irritabilidade e questionando o valor da vida, ou se você tem enfrentado problemas pelo uso problemático de álcool ou outras drogas, você deve procurar acolhimento às 7h da manhã na unidade mais próxima à sua casa. Nossa equipe de atendentes, enfermeiros, médicos e psicólogos está preparada para acolher as queixas emocionais e iniciar o tratamento, do mesmo modo que acontece quando você tem uma dor, alergia, resfriado ou qualquer outro problema “do corpo”.
As unidades de atendimento especializadas
Nem toda condição de saúde mental necessita de cuidados especializados, mas uma parte delas, sim. Após atendimento na rede básica, caso não obtenha melhora com o tratamento inicial ou se houver uma dificuldade diagnóstica, por exemplo, você será encaminhado a uma unidade que conta com equipe multiprofissional: enfermagem, terapia ocupacional, assistência social, psicologia e médico psiquiatra, algumas delas contam também com fonoaudiologia e fisioterapia.
Esse cuidado especializado nos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) pode acontecer em Marília em três unidades:
CAPS COM-VIVER
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h
Endereço: Rua Marques de São Vicente, n° 322, atrás do Yara Club no Bairro Maria Izabel
Telefone: 14 3434-2037
CAPS CATAVENTO (INFANTIL)
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h (acolhe preferencialmente de segunda a quinta às 7h e às 13h)
Endereço: Rua Alcides Nunes, n° 1100, atrás do Lar Amelie Boudet
Telefone: 14 3451-1660
CAPS AD
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h (acolhe preferencialmente às 7h da manhã)
Endereço: Av. Santo Antônio, n° 1669
Telefone: 14 3434-2549
Para mais informações sobre os CAPS de Marília, acesse:
https://www.marilia.sp.gov.br/saude-mental
Fotos: Divulgação
