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A Prefeitura Municipal de Marília e Secretaria Municipal da Cultura de Marília, em parceria com Museu da Imagem e do Som (MIS), por meio do Pontos MIS, exibirá nesta quinta-feira, 21 de setembro, às 20 horas, o filme ‘Nossa Senhora do Nilo’, inspirado no livro homônimo da escritora Scholastique Mukasonga, autora que sobreviveu à Guerra Civil de Ruanda - país situado na África Oriental - e também sobrevivente ao massacre no instituto de educação, retratado neste longa metragem.
 
A exibição acontecerá na Sala Municipal de Projeção ‘Emílio Pedutti Filho’/Clube de Cinema, que  fica no Complexo Cultural ‘Braz Alécio’, à avenida Sampaio Vidal, nº 245 – piso superior. A entrada é gratuita. Pontos MIS é um programa de difusão audiovisual do Museu da Imagem e do Som, que conta com forte parceria com a Secretaria da Cultura de Marília, oportunizando a realização de oficinas, exibições e ações voltadas para o tema.
 
Com direção de Atiq Rahimi, ‘Nossa Senhora do Nilo’ tem classificação etária de 16 anos e é uma produção compartilhada entre os países Bélgica, França e Ruanda, onde a história verídica se passou. Com duração de 93 minutos, o filme foi lançado em 2019. ‘Nossa Senhora do Nilo’ busca revisitar um tema complexo e já explorado pelo cinema: as disputas entre tutsis e hutus após a independência de Ruanda, na África Oriental. Diferentemente de ‘Hotel Ruanda’ ( de Terry George), filme mais clássico sobre o tema, o longa de Rahimi se propõe a reconstruir a vida em Ruanda antes da independência proclamada por Hutus.
 
Assim, conhecemos a realidade de Ruanda no ano de 1973, a partir de um instituto de educação criado para mulheres da elite local ainda em um contexto de dominação colonial. A escalada de violência que levou a um dos mais aterrorizantes processos de genocídio modernos promovidos contra os tutsis é apresentado apenas de modo breve no ato final.
Nossa Senhora do Nilo é um conceituado colégio interno católico situado no alto de uma colina, onde garotas são preparadas para pertencer à elite ruandense. Com a proximidade da formatura, essas meninas, sejam elas hutu ou tutsi, compartilham o mesmo dormitório e dividem sonhos e preocupações.  Mas em todo o país, assim como dentro da escola, antagonismos profundos ecoam, mudando a vida das jovens — e de toda a nação— para sempre. Imagens de um simbolismo profundo fazem alusão à violência genocida que em 1994 tomaria conta de todo o país.
 
 
Foto: Divulgação